O que é ?

A IIU (inseminação intrauterina) consiste na deposição de espermatozoides, do parceiro ou doador, no interior da cavidade uterina, por meio de um cateter apropriado.

Quem pode fazer ?

Desde que as trompas da mulher estejam saudáveis, a IIU é um tratamento de infertilidade relativamente simples

Quais são as principais indicações medicas para IIU ?

– Problemas de ejaculação (anatómicos, psicológicos ou de origem nervosa);

– Alterações do esperma (variações em relação aos valores normais de concentração ou mobilidade);

– Infertilidade inexplicada.

A IIU também é utilizada nos casos em que é necessário recorrer a esperma de dador. Nestas situações, o esperma utilizado ou é proveniente de dadores selecionados pela própria clínica, ou então de bancos de esperma estrangeiros certificados, com rigorosos métodos de controlo de qualidade. O doador tem de ser anónimo e referenciado por um código. Todo o processo deve decorrer com plena garantia de confidencialidade e com o consentimento informado dos casais em relação a todos os passos.

Quais as etapas do tratamento ?

1 – Estimulação ovárica

Geralmente utilizam-se medicamentos indutores da ovulação de forma a aumentar a eficácia da inseminação. Assim, através do uso destes fármacos (de forma oral ou injetável) induz-se o desenvolvimento folicular , aumentando as probabilidades de sucesso da inseminação. Nestes casos, o desenvolvimento dos folículos ováricos (dentro dos quais estão os óvulos) é controlado através da realização periódica de ultra-sonografias. Quando estes atingem o nível de amadurecimento adequado, é administrada uma injeção que ajuda à sua libertação do ovário. Nestes casos, a inseminação deve ser feita 24 a 36 horas mais tarde.

2 – Capacitação espermática

O esperma do homem é preparado através de técnicas de capacitação ou preparação seminal. Com estas técnicas eliminam-se do ejaculado restos celulares, espermatozoides mortos, imóveis ou lentos, ficando com um volume menor contudo com elevada concentração de espermatozoides com maior mobilidade e maior capacidade de fecundação, este procedimento e feito horas antes da realização da inseminação .

3 – Inseminação

Para o procedimento de inseminação, o medico utiliza um espéculo e introduz no útero um cateter (tubo pequeno e flexível) carregado com os espermatozoides resultantes da capacitação. Trata-se de um processo rápido, que envolve poucos minutos. Depois da inseminação a mulher deve repousar durante um breve período e faz a sua vida normal.

Quais as taxas de tratamentos ?

Os estudos internacionais referem probabilidades de sucesso de cerca de 15-20% por ciclo de IIU. Por este motivo devem realizar-se um máximo de 3-4 inseminações, após as quais as taxas de sucesso diminuem. Deste modo, será preferível considerar o recurso à Fertilização in vitro nas situações em que a IIU não obteve sucesso.